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terça-feira, 19 de abril de 2011

Reflexão para os dias santos.



Tenho percebido que, nos últimos dias, tenho falado mais sobre vegetarianismo que o normal. Talvez eu esteja voltando a me interessar por discutir minhas preferências, coisa que há muito tinha ficado de lado. Bem, deixando a digressão para um outro momento, estou aqui para falar de Semana Santa. Você ai deve estar se perguntando o que os rituais católicos têm a ver com toda essa introdução...
Vos digo:
Dentro do ritual católico de respeito à Semana Santa, os cristãos têm como proibido o consumo de carne. Lembro que, quando criança, minha mãe me explicava que era em respeito ao corpo de Jesus Cristo. Eu não entendia muito o assunto, mas não adiantava discutir. Meu pai sempre reclamou disso. Dizia que não era bem assim. Eram os fariseus, que mataram Cristo, quem enojaram a carne, após terem visto o seu sangue. Bem, seja lá qual for a realidade, nestes dias comíamos peixes e outros animais marinhos.

Hoje, depois de ter optado pelo vegetarianismo, vejo o quanto a semana não é nada santa. Nela, também matamos para comer. O fato de não vermos jorrar sangue quando cortamos um peixe não retira o ato. Matar é, sim,cruel. E matarmos sob o falso signo da santidade é tão (ou mais) cruel. Jesus, lá bem longe, já pediu que parássemos o sacrifício de animais ("Estou farto dos holocaustos de carnmeiros e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes". Isaías 1 - 11-12). E nós, o que fazemos com isto?



Para os que crêem nas escrituras, pensemos, pois, nesta Semana Santa, em algo dito no início da Bíblia, em Gêneses 1:29-30 " E disse Deus: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente; isso vos será por aliemnto. E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e atodos os repteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será de mantimento".




- Assim seja.



domingo, 17 de abril de 2011

Sobre como podemos criar coisas bonitas.



Certa vez, tive um filósofo em minha vida. Ele existiu pouco comigo, mas quando estava, me fazia querer entender um pouco mais o mundo.


Foi num dia em que conversamos sobre as coisas de amor que ele me falou de Procusto. E é com ele que eu retomo minhas atividades de dissertação.




Procusto (ou Damastes) faz parte da mitologia grega. Ele vivia na região da Ática, uma antiga região grega que,segundo consta, tinha como principais cidades Athenas, Elêusis e Pireu. Era por ali que Procusto assaltava os viajantes e , não contente em lhes tomar seus pertences, ainda lhes impunha um castigo: deitar-se em sua cama.




A princípio pode-se pensar que este não é um grande castigo. De certo. Porém, o leito de Procusto reservava uma surpresa no mínimo desagradável. É que, para Procusto, ele era o modelo ideal e todos deveriam se adequar a ele. Os viajantes presos por ele, eram amarrados em roldanas e, se tivessem estatura menor que a sua, eram esticados até que "coubessem" na cama. Já os mais altos tinham seus corpos cortados com o mesmo fim. A literatura helênica diz que o ladrão foi morto às mãos de Teseu, que aplicou-lhe o mesmo castigo que costumava infligir às suas vítimas.




Esta introdução veio para dizer que somos todos um tanto Procusto. Queremos adequar as pessoas à nossa forma, sem sentir o quanto a liberdade de "ser quem é" pode ser vantajosa, proveitosa e saudável. Há uma infinidade de leitos e um sem-fim de pessoas que cabem (ou não) neles.




E é assim que explicito todo o meu apoio ao projeto #eusougay, encabeçado pela jornalista Carolina Almeida, que convida a sociedade a liberar-se da sua necessidade de adequar tudo e todos aos seus padrões. Falar de diversidade é falar de amor por si e pelo outro. E amar é criar coisas bonitas. Criemos, então. Vamos deixar colorido o que era só preto ou branco , azul ou rosa. Vamos ser gays, juntos.




(imagem: google)