Não acho difícil falar de mim. Aliás, poucas coisas são tão fáceis quanto me definir. Quando tento fazer isso, costumo pecar pelo excesso. Eu sou excessiva em vários aspectos, isso é um tanto metalingüístico mesmo.
Comecei esse post depois de analisar alguns abouts de amigos –a verdade é que eu não tinha nada melhor pra fazer, ou tinha, mas preferia adiar-, daí percebi que a excessiva maioria, assim como eu, se define utilizando frases feitas. Trechos de livros, poemas, músicas se transformam em definição pessoal, talvez escondendo a própria natureza das coisas, ou mesmo por que é sempre bom ter algo de qualidade explicitado no Orkut. É aquela velha mania de mostrar que você é culto, por costumar fazer leituras cotidianamente. Mas, pra que caralhos eu preciso mostrar que li Dostoiévski?
Outro postam trechinhos pra ficar mais ‘light’, poupando seus leitores do excesso de informação. Acreditam que são sucintos o bastante para falar tudo em poucas linhas, desobrigando-se de pedir ‘as desculpas de Marx’
Outros, ainda, escolhem uma frase com rima,que se transforma numa tralha cheia de negritos, itálicos, sublinhados, colorida em olive, pink, purple e arrematada por emoticons e afins.A estes, basta aquela frasezinha da Lispector que anda embonecando o Messenger de 9 entre 10 miguxos.
Não sei porque uso trechos, mas é impressionante como algumas coisas definem bem quem sou. Bom, mas não é sobre isso que vim falar.
Eu decidi que nesse post eu ia deixar a preguiça de lado e, enfim, me definir, utilizando minhas palavras, desconexas e viajadas, como de costume.
Mas acho que o post ta muito grande, fica pra próxima. rs